Iniciando a construção de um mapa temático -Parte I -DADOS

O primeiro passo para construir qualquer mapa temático é saber:

1- Qual a informação que você quer passar com este mapa.

Pois dependendo da informação que você quer passar, terá que escolher um software diferente ou um estilo diferente de mapa. Há várias maneiras de se mostrar a mesma informação, mas dependendo desta apenas uma maneira será a ideal.
Exemplo, se quer mostrar a distribuição de casos de um certa doença você poderá usar densidade baseada no quantitativo de casos, poderá usar pontos georeferenciados, poderá usar kernel..


2- Quais dados que você precisa para passar essa informação.

Você escolheu o tipo de mapa que melhor "combina" com sua informação, ótimo. Mas agora pense...você tem os dados para obter este mapa? Ou pode conseguir? Ótimo. Mas caso não tenha os dados você terá que se virar com o que tem. Isso quer dizer mudança de planos ou adaptação. O que adaptação quer dizer? Bem, você pode não ter os pontos georeferenciados, mas o quantitativo de focos você tem. Poderá usar uma distribuição aleatória de pontos apenas dar impressão de intensidade. Não sou matemática, engenheira ou grande amante da ciência exata. Sou médica veterinária, por isso se quero demonstrar a intensidade por meio de pontos e esses não estão georeferenciados, paciência, uso a distribuição aleatória deles por uma área.

Mas se você quer usar apenas dados quantitativos puros, também poderá faze-lo. Pela intensidade de cores em determinada área podemos demonstrar a mesma coisa.

3- Conseguir os dados corretos.

Possivelmente você já tem os dados...ou achava que tinha. Uma dica para saber se os dados que tem são aqueles que você precisa e pensar assim. Para fazer um mapa temático teremos que ligar nosso dados ( numeros) a dados que teremos em mapas ( disponibilizados por alguns sites como IBGE). A ligação entre os dados que temos e os dados vetoriais (geralmente é o que iremos trabalhar) tem que ser feita de uma maneira que haja uma ligação entre eles. Seja ela um município, uma cidade, uma macroregião, uma rodovia, uma área, aldeias indígenas...o importante é que temos que ter pelo menos uma ligação entre nossas informações e as informações dos dados vetoriais.
Um exemplo é a cobertura de vacinação contra raiva em determinada cidade. Belo Horizonte é dividida em diversos bairros e geralmente a vacinação é analisada dessa maneira. O que precisaremos é a quantidade de cães e gatos vacinados e a quantidade de cães e gatos em cada bairro. Com esses dois dados podemos achar a cobertura vacinal e usar apenas este dado diretamente no mapa que também deverá ter dados vetoriais que "desenhem" os bairros da cidade nele. Ou fazer uma análise por meio de dados diretos. Vamos ver os exemplos a seguir:




Referência: Rev. Saúde Pública vol.42 no.6 São Paulo Dec. 2008
Uso de sistemas de informação geográfica em campanhas de vacinação contra a raiva.

4- Como esses dados terão que ser montados para que o programa leia eles adequadamente.

Você tem os dados, ótimo. Possivelmente em uma planilha do excel, world?...uma folha de papel? Bem, nada pode ser perfeito, né? Mas pelo menos você tem os dados que precisamos para fazer o mapa. O passo seguinte é colocar esses dados organizados de maneira que o mapa saiba que esse dado pertence aquele mesmo dado vetorial que ele tem. Cada detalhe é importante, um espaço mal colocado poderá colocar tudo a perder.

Como todos conhecem e é de fácil interface iremos usar o excel para exemplificar o modo que dados devem ser montados para serem lidos em alguns programas que usualmente são usados. Como uso com frequencia o TerraView vou me basear nele, mas a maioria também precisará que os dados sejam tratados da mesma maneira, talvez com uma ou outra modificação. Essa parte será a Parte II.

1 comentários:

Anônimo disse...

ficou muito boa essa materia parabens

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